quinta-feira, 16 de novembro de 2017

ORIENTAÇÕES PARA O TEMPO DE NATAL 2017

Com a proximidade das solenidades Natalinas de 2017 convém recordar algumas orientações litúrgico-pastorais, bem como apresentar propostas para as celebrações próprias deste tempo de graça a todos os homens de boa vontade que se aproximam do Salvador feito homem por meio das celebrações litúrgicas a serem vivenciadas em nossa Paróquia Sagrada Família.
As propostas e orientações foram extraídas dos seguintes documentos:
Missal Romano;
Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia – princípios e orientações (emanado pela Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos);
Manual das Indulgências – normas e concessões (emanado pela Penitenciaria Apostólica);
Diretório da Liturgia e da Organização da Igreja no Brasil – 2017 (emanado pela CNBB).

Em anexo seguem alguns textos a serem usados nas diversas celebrações do Tempo do Natal:

A Solenidade do Natal é composta de 3 missas, a saber:

·        Missa da Noite: própria para a noite de 24 de dezembro;

·        Missa da Aurora: própria para o amanhecer do dia 25 de dezembro
Ao nascer de um novo dia a Igreja saúda o “Sol Nascente que nos veio visitar” – Cristo Jesus;

·        Missa do Dia: própria para as demais missas celebradas no decorrer do dia 25.

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MISSA DA NOITE DO NATAL
Na missa da noite de 24 de dezembro com seu grande significado litúrgico e forte influência popular, poderão ser valorizados:



No início da missa, o canto do anúncio do nascimento do Salvador, na fórmula do Martirológio Romano (cf. Anexo 01) que se constitui, portanto, em um canto natalino de tradição litúrgica antiqüíssima, perfeita opção para se colocar em prática atualmente em nossas celebrações natalinas. Anteriormente, nas celebrações presididas pelo Papa João Paulo II, Tal proclamação era cantada no início da Missa, logo após a saudação inicial, omitindo o ato penitencial. Atualmente, nas Missas de Natal celebradas por Bento XVI, tem-se entoado momentos antes da Celebração, o que também é oportuno, como ressalta Mons. Guido Marini, Mestres das Celebrações Litúrgicas do Sumo Pontífice. Consequentemente é recomendável que se faça tal proclamação, seja ela cantada ou recitada, antes da Santa Missa, aos moldes de uma monição (ou comentário inicial da missa). Todo o espaço celebrativo já esteja preparado para a Celebração (até mesmo as velas do altar já devem estar acesas). Propõe-se a Igreja à “meia luz”, proporcionando um ambiente oportuno para a apreciação deste belo texto litúrgico que nos recorda a vinda da “Luz do Mundo”, sendo que após ser cantado ou recitado, as luzes da igreja se acendem aos poucos acompanhadas do canto de abertura da celebração com a procissão de entrada já com a imagem do menino Jesus (ressaltamos que o Hino de Louvor constitui num rito em si mesmo, não sendo conveniente proceder à entrada da imagem do Menino Jesus neste momento para não se sobrepor ao seu canto que será mais eloqüente diante da imagem já exposta).

FESTA DA SAGRADA FAMÍLIA
A recordação de José, de Maria e do menino Jesus encorajará o acolhimento da proposta pastoral para que, neste dia, toda a família reunida participe da celebração da Eucaristia. Também serão significativas nesta festividade a renovação da entrega da família ao patrocínio da Sagrada Família de Nazaré, a benção dos filhos, prevista no Ritual de Bênçãos (p. 174-194) e, onde houver oportunidade, a renovação dos compromissos assumidos pelos esposos – agora pais, no dia do casamento.
Oportuno recordar a presença da família nos vários momentos da celebração. Contudo, evite-se a prática de casais como leitores de uma mesma leitura, perdendo assim a unidade do texto em sua proclamação. 
31 DE DEZEMBRO
Na maioria dos países do Ocidente, neste dia, celebra-se o encerramento do ano civil. O acontecimento leva os fiéis a refletirem sobre o “mistério do tempo”, que corre veloz e inexorável. Isso provoca no seu espírito duplo sentimento: de arrependimento e de pesar pelas culpas e ocasiões de graça perdidas ao longo do ano que chega ao fim; e de gratidão pelos benefícios recebidos do Senhor.
Esta dupla atitude deu origem ao costume de entoar festivamente o hino do Te Deum em ação de graças a Deus pelo ano que se finda. Em sua rica Liturgia, dispõe a Santa Igreja de hinos próprios para cada ocasião. O Te Deum, cântico de ação de graças por excelência, pelo qual a Mãe Igreja exprime seu louvor e gratidão ao "Deus de imensa majestade", segundo o Manual das Indulgências emanado pela Penitenciaria Apostólica em 1968 e reeditado com a aprovação do Beato João Paulo II em 1986,  é enriquecido de indulgência parcial ao fiel que recitá-lo, sendo plenária quando recitado em público no último dia do ano. Para que não seja apenas uma recitação simples, pode ser realizado durante a Exposição do Santíssimo Sacramento ao fim da celebração litúrgica.
1º DE JANEIRO
A data de 1º de Janeiro, encerrando a oitava de Natal com a solenidade da Maternidade Divina de Maria abre um espaço particularmente adequado para um encontro da piedade litúrgica com a piedade popular. No Ocidente, este é um dia de se desejar boas-festas: o começo do ano civil. Os fiéis também ficam envolvidos neste clima festivo de ano-novo, aprendendo a sempre dar a este costume um sentido cristão e fazer dele quase uma expressão de piedade. De fato, os fiéis sabem que o “ano-novo” deve ser posto sob o senhorio de Cristo a quem pertencem os dias e os séculos eternos (Ap 1,8;22,13).
A esta consciência se liga o costume muito difundido de cantar, no dia primeiro de janeiro o hino Veni Creator Spiritus, para que o Espírito do Senhor dirija os pensamentos e as ações de cada um dos fiéis e das comunidades cristãs no decorrer do ano.
Também a esta prática de piedade litúrgica concede-se Indulgência parcial ao fiel que o recitar devotamente em todo o ano. A indulgência será plenária no dia primeiro de janeiro e na solenidade de Pentecostes, se o hino se recitar publicamente. Propomos dessa maneira que as comunidades encerrem a celebração eucarística deste dia com uma devida monição feita por parte do animador da celebração, seja pelo padre que preside ou por algum outro ministro idôneo, seguida do canto de súplica pela vinda do Espírito Santo antes da benção final.